segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tipos de obstáculos
Verticais – são os convencionais. Barras (geralmente duas paralelas) apoiadas em duas anteparas.
Oxer – são dois obstáculos verticais dispostos em sentido crescente para serem ultrapassados pelo animal com um salto somente.
Tríplice – são três obstáculos verticais em sentido crescente, onde o cavalo deve saltá-los em apenas um salto.
Encosta – é semelhante à Tríplice, mas o obstáculo situado ao meio é mais alto, em vez de sentido crescente nos três.
Rio – composto geralmente por cerca ou arbusto um pouco mais baixo, seguido de um tanque de água.
Muro – feito de materiais leves, garantindo a integridade do conjunto, esse obstáculo simula uma parede.
Cancela – obstáculo que simula uma cerca ou porteira.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Como trabalhar um cavalo de obstáculos


É errado pensar que um cavalo de obstáculos tem de saltar sempre que é trabalhado, pois se assim fosse o cavalo começava a ficar saturado de saltar.
Iniciamos o nosso trabalho com uma limpeza completa do cavalo, depois aparelhamo-lo sem faltar com as caneleiras e protector de dorso e de seguida é só montar.
Começamos por andar a passo para as duas mãos levando o cavalo descontraído, depois pedimos uma transição suave ao trote que deve ser levantado para aquecer o dorso do cavalo, fazemos vários exercícios de flexibilidade tentando levar sempre o cavalo na atitude correcta, nunca esquecendo de trabalhar o cavalo para as duas mãos. Depois de um bom trabalho a trote, fazemos uma transição ao galope, fazendo círculos e exercícios de condução e ter atenção para não galopar com o cavalo desunido ou invertido. Feito um bom aquecimento, podemos então saltar com o cavalo, fazendo um percurso ou simplesmente uma ginástica, mas nunca se deve começar a saltar logo grandes alturas, deve-se ir aumentando a altura dos obstáculos gradualmente. No fim do trabalho damos um bom banho ao cavalo, raspamo-lo e arrumamo-lo na boxe, que deve estar impecável par o bem-estar do cavalo.

Um mau desbaste de cavalos de obstáculos


O exercício de saltar deve dar a maior liberdade de movimentos possível para o animal, ele tem que aprender a saltar da maneira natural , não ter medo de esticar o pescoço antes do salto, não ter medo das mãos do cavaleiro, o cavalo tem que aprender a gostar de saltar.
Não é fácil ensinar corretamente um cavalo a saltar, não podemos confundir um bom piloto de provas com um bom iniciador de cavalos, normalmente o cavaleiro que é apenas piloto tem muita pressa de resultados, ele tem que estar a competir, não tem tempo a perder com longos trabalhos de iniciação, então apela a outras maneiras que farão o cavalo saltar mais rapidamente.
É aí que se inicia uma verdadeira violência contra os cavalos novos, são utilizadas embocaduras fortes para o cavalo não correr, são utilizadas rédeas auxiliares, que amarram o animal com a cabeça baixa. Com toda esta parafernália o cavalo é colocado a saltar, como obviamente esta mudança artificial de posição altera o seu equilíbrio, ele recebe “uma ajuda” do seu cavaleiro na forma de um pequeno tranco na boca na hora do salto para que fique atento e faça a “batida", mas o absurdo não para por aí , pois sob a ação das rédeas auxiliares, da embocadura forte e do tranco na boca, o cavalo muito provavelmente não vai levantar bem os pés e aí ele é submetido a uma sessão de "pincho" (batidas com uma vara armadilhada (ou não) nas patas na hora do salto) , para que aprenda a ser atento!
Esta é a receita para ter o seu cavalo a saltar rapidamente porém por pouco tempo e assim se dá seguimento a este círculo vicioso: o cavaleiro não tem cavalo bom para saltar provas de competição, então apressa o poldro, o qual vai saltar bem por pouco tempo deixando o cavaleiro novamente sem cavalo para competição, ele vai apressar outro bom poldro e assim seguimos, destruindo os nossos bons cavalos.